Eu devo dizer que não estava!
Poderia esperar muita coisas, até pelas curtas sinopses que li, não gosto de ler aqueles tipos de resenhas que contam a história do livro inteiro, por isso nem procurei, mas fui extremamente surpreendida e ficava cada vez mais surpresa com o que o autor apresentava no decorrer do livro.
Poderia esperar muita coisas, até pelas curtas sinopses que li, não gosto de ler aqueles tipos de resenhas que contam a história do livro inteiro, por isso nem procurei, mas fui extremamente surpreendida e ficava cada vez mais surpresa com o que o autor apresentava no decorrer do livro.
Não há perdão, compaixão ou empatia, apenas o ódio, a vingança e o desejo, o grande desejo pelo poder!
Lançado pela editora DarkSide em 2013, esse é o primeiro livro da chamada Trilogia dos Espinhos, composto pelos livros: Prince, King e Emperor of Thorns. Esta é uma história classificada como Ficção/Fantasia, pela ficha catalográfica, e somos apresentados a um mundo bem diferente da nossa realidade atual, como diz o resumo ao final do livro, é um cenário abandonado pelos enigmáticos Construtores. Uma nova era medieval.
Agora, não espere que esta seja uma história medieval como as outras.
Primeiro: Atenção!!! este livro é para maiores de 18 por conter cenas fortes de violência! muita violência!
Segundo: O personagem principal é filho do Rei de Ancrath, Príncipe Jorg, contudo ele não é querido pelo Rei, e nem pelos demais membros da corte. Quando criança, Jorg, sua mãe (A Rainha) e irmão mais novo foram atacados na estrada por capangas de um conde de outras terras. Durante o ataque à carruagem real, Jorg acabou caindo em um pequeno barranco a beira da estrada, e ficou preso entre espinhos de uma roseira brava, enquanto isso assistiu impotente as cenas de tortura e abusos a Rainha e a cruel morte de ambos, após algum tempo, imprecisamente, vieram os soldados de Ancrat a procura da Rainha e dos herdeiros quando se depararam com o resultado do massacre a comitiva real e conseguiram encontrar Jorg sangrando muito e preso nos espinhos das roseiras bravas próximo a estrada. Enquanto via os soldados retirando os corpos de sua família, e ouvia-os procurar por ele, Jorg também ouviu nas conversas quem foi o responsável pelo ataque.
E é a partir daí que o príncipe muda e se transforma em uma pessoa rancorosa e sedenta por vingança e por morte!
"Como líder você tem certas responsabilidades. Como a responsabilidade de não matar muitos dos seus homens. Caso contrário, em quem você vai mandar" Pág. 19.
Terceiro: a trajetória que o livro toma é bem diferente, embora seja uma pessoa que aprendeu a ler e tem consigo ensinamentos de muitos dos filósofos mais conhecidos de nossa história, na busca por vingança pelas mortes de sua mãe e irmão, Jorg foge do castelo e passa a viver nas estradas liderando uma irmandade de assassinos.
"[...] Covardes são os melhores torturadores. Covardes entendem o medo e sabem como usá-lo. Já os heróis são péssimos torturadores. não enxergam o que motiva um homem comum. Eles interpretam tudo errado. Não conseguem pensar em nada pior do que denegrir a sua honra. [...] Não sou um herói nem um covarde, mas eu trabalho com o que tenho." Pág. 79.
Este é um livro bem interessante e impactante, tem uma apresentação bastante elegante, capa dura e estilo de paginação bem bonitos, mas deve-se tomar cuidado com ele, apesar de trazer uma experiência tátil-visual bem impressionante, suas páginas são muito sensíveis e podem manchar e amarelar com muita facilidade (ele é tipo aquelas edições de luxo) ;).
A narração é muito boa, mesmo sendo um livro com 355 páginas, sua leitura é bem rápida pela forma com que o autor consegue descrever as cenas. É necessário destacar a ótima capacidade de Mark Lawrence de escrever cenas de lutas, este é um dos melhores livros que já li nesse quesito, todas as cenas de ação (o livro todo praticamente) é bem arquitetada e descrita com uma agilidade impar.
Tive dificuldades nesse livro, não com relação a história, mas com as tramas que o autor coloca durante o percurso que o personagem principal faz, ele acaba tendo de passar por muitas situações e o autor mistura muitas coisas e muitos conceitos que eu particularmente não consegui aceitar uma pequena parte deles (acho que foram 2 momentos). Mas isso não faz deste livro um livro ruim.
Por Leonardo: Existe uma coisa nesse livro do qual gosto muito que é o ritmo dado ao enredo da história. O autor consegue fazer as conexões de forma simples e fluida em que os desfechos são entregues nos momentos certos, criando clímax muitas vezes perfeito. Outro ponto muito positivo é a personalidade perturbada de Jorg Ancrath, protagonista que nos insere boa parte da história em seus conflitos e dilemas pessoais, muitas vezes, durante a jornada do jovem Ancrath, temos um duelo não só da vingança sobre a humanização do personagem, mas também do bem e do mal, o lado meio mistico do livro, que podemos observar a medida que o personagem se afunda na escuridão psicológica e física.
De certa forma Jorg sabe exatamente para onde seus passos o levam, o caminho para sua vingança e nesse ponto o personagem se joga vertiginosamente. Provavelmente muita gente vai identificar a reflexão do abismo do filosofo Friedrich Nietzsche, que diz: “Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.” Porque basicamente é a transformação pela qual passa o protagonista, entretanto ao contrário de outros personagens, que não se atentam para sua mudança de caráter, como é o caso do Governador de The Walking Dead, Jorg Ancrath tem percepção daquilo que está se tornando.
Por tudo considero o protagonista da trilogia dos espinhos como um dos melhores anti-heróis já criados e se você gosta de personagens que chutam o balde da moralidade e do comportamento correto, então você está na praia certa. Vale a pena ler galera.
"[...] Seja qual for o mostro que deve haver em mim, sempre fui eu, minha escolha, minha responsabilidade, minha maldade, se você preferir.
É o que eu sou. Se você quer desculpas, venha buscá-las." - Jorg Ancrath
Por Leonardo: Existe uma coisa nesse livro do qual gosto muito que é o ritmo dado ao enredo da história. O autor consegue fazer as conexões de forma simples e fluida em que os desfechos são entregues nos momentos certos, criando clímax muitas vezes perfeito. Outro ponto muito positivo é a personalidade perturbada de Jorg Ancrath, protagonista que nos insere boa parte da história em seus conflitos e dilemas pessoais, muitas vezes, durante a jornada do jovem Ancrath, temos um duelo não só da vingança sobre a humanização do personagem, mas também do bem e do mal, o lado meio mistico do livro, que podemos observar a medida que o personagem se afunda na escuridão psicológica e física.
De certa forma Jorg sabe exatamente para onde seus passos o levam, o caminho para sua vingança e nesse ponto o personagem se joga vertiginosamente. Provavelmente muita gente vai identificar a reflexão do abismo do filosofo Friedrich Nietzsche, que diz: “Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.” Porque basicamente é a transformação pela qual passa o protagonista, entretanto ao contrário de outros personagens, que não se atentam para sua mudança de caráter, como é o caso do Governador de The Walking Dead, Jorg Ancrath tem percepção daquilo que está se tornando.
Por tudo considero o protagonista da trilogia dos espinhos como um dos melhores anti-heróis já criados e se você gosta de personagens que chutam o balde da moralidade e do comportamento correto, então você está na praia certa. Vale a pena ler galera.
"[...] Seja qual for o mostro que deve haver em mim, sempre fui eu, minha escolha, minha responsabilidade, minha maldade, se você preferir.
É o que eu sou. Se você quer desculpas, venha buscá-las." - Jorg Ancrath
Se gostou da um curtir, deixe seu comentário e compartilhe!!
Texto escrito e editado por: Carol Moraes.
Revisão e complementos: Leonardo Bastos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário